Raul Pompeia foi um escritor fluminense do século XIX e um dos principais autores do naturalismo brasileiro. Sua obra mais famosa é o romance naturalista “O Ateneu”.
Raul Pompeia nasceu em 12 de abril de 1863, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Mais tarde, fez faculdade de Direito em São Paulo, foi professor de Mitologia na Escola de Belas Artes e diretor da Biblioteca Nacional. Era republicano e abolicionista, mas partidário do presidente Floriano Peixoto.
O autor, que cometeu suicídio em 25 de dezembro de 1895, foi um dos principais nomes do naturalismo brasileiro. Suas obras, portanto, são caracterizadas pelo antirromantismo e determinismo. O seu romance mais conhecido é O Ateneu, o qual critica o ambiente de colégios internos do século XIX.
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O autor brasileiro nasceu em 1863 e faleceu em 1895.
Além de escritor, também foi professor e diretor da Biblioteca Nacional.
Foi um dos principais autores do naturalismo brasileiro.
Suas obras apresentam objetividade, além de uma visão determinista.
Seu livro mais famoso é o romance naturalista O Ateneu.
Raul Pompeia foi um autor do naturalismo brasileiro. Suas obras, portanto, apresentam estas características:
objetividade: sem excesso sentimental;
cientificismo: supervalorização de teorias científicas;
visão realista e antirromântica: sem idealizações;
zoomorfização: atribuição de características animalescas aos seres humanos.
No entanto, a principal característica de obras naturalistas é o determinismo. Assim, segundo a visão determinista, em voga no final do século XIX, a vida e o destino das pessoas (e, por extensão, dos personagens literários) são determinados por sua raça, meio em que vivem e contexto histórico em que estão inseridas.
Uma tragédia no Amazonas (1880)
Um réu perante o futuro (1880)
Canções sem metro (1881)
As joias da Coroa (1882)
O Ateneu (1888)
Alma morta (1888)
Agonia (1895)
O Ateneu é um colégio interno para meninos, frequentado pelos filhos da elite burguesa carioca do século XIX. Seu diretor é o ambicioso e altivo Aristarco. No entanto, para Sérgio, narrador personagem da obra, tal instituição de ensino é um meio corruptor, portanto, capaz de determinar, negativamente, o destino de seus alunos.
Publicada em 1888, a obra possui um traço autobiográfico, já que Raul Pompeia também estudou em um colégio interno. Assim, com 11 anos de idade, Sérgio ingressa no Ateneu, na mesma idade em que Pompeia entrou em um internato. É o pai de Sérgio que o conduz até o conceituado colégio carioca.
Também é possível perceber uma crítica ao sistema capitalista, representado por Aristarco, responsável por mercantilizar a educação, a qual parece ultrapassar as questões pedagógicas. Desse modo, os rapazes precisam aprender a “se virar” sozinhos, o que os leva a desenvolver os mais baixos instintos, de acordo com a visão moral do narrador.
Entre os personagens com quem o protagonista se relaciona na obra, os mais importantes são:
Rebelo: adverte Sérgio em relação ao comportamento corrupto de seus colegas.
Sanches: apresenta características homossexuais, condenadas pelo narrador, já que são associadas à fraqueza.
Franco: alvo da perseguição dos que frequentam o Ateneu.
Barreto: indivíduo escravo da religiosidade e da superstição.
Bento Alves: forte, corajoso e não admite ser subjugado por ninguém.
Em meio a indivíduos tão diferentes, Sérgio precisa descobrir a sua própria identidade e encontrar a melhor maneira de se adequar a uma sociedade que defende que “o mais forte sobrevive” e deve sujeitar o mais fraco. Além disso, no Ateneu, Sérgio tem seu primeiro contato com o desejo heterossexual.
Esse desejo é despertado no menino por meio de seu contato com D. Ema, esposa de Aristarco, e com a camareira Ângela. Por fim, aproximadamente dois anos após seu ingresso no internato, o narrador assiste ao fim do Ateneu, destruído em um incêndio. De forma que esse parece ser o destino desejado por Sérgio para esse tipo de instituição.
Raul Pompeia nasceu em 12 de abril de 1863, em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, e foi criado na fazenda de cana-de-açúcar dos avós maternos. Era o segundo filho de uma abastada família. O pai, Antônio d’Ávila Pompeia, era um homem rígido e exerceu grande influência sobre o autor.
Mais tarde, a família se mudou para a cidade do Rio de Janeiro, onde o escritor passou a estudar no colégio interno dirigido por Abílio César Borges (1824-1891), o barão de Macaúbas. Nessa instituição, o menino manifestou interesse pelos livros e pela música, além de criar o jornal O Archote.
Porém, tempos depois, os pais decidiram transferir o filho para o colégio Pedro II, onde ele se tornou editor da revista estudantil As Letras. Em 1880, prestou homenagem ao imperador D. Pedro II (1825-1891) e ao compositor Carlos Gomes (1836-1896). Publicou seu primeiro livro: Uma tragédia no Amazonas.
Mas, dois anos depois, se tornou republicano, além de abolicionista. Ainda no colégio, fez inimizade com o professor de grego, de nome Teodoro Schieffer, e foi reprovado na matéria. Só foi aprovado após fazer o exame de grego quatro vezes. Então ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo.
Fez contribuições para periódicos de vida curta, como o Comédia e o Entrato (ou O Boêmio), onde também atuou como caricaturista. No Rio de Janeiro, durante as férias, escreveu para o Gazeta de Notícias. Em São Paulo, em 1882, com o escritor, advogado e abolicionista Luiz Gama (1830-1882), escreveu para o jornal Ça Ira, de caráter abolicionista.
No entanto, o rapaz foi reprovado no curso de Direito, e assim, com outros alunos, em 1884, se transferiu para a Faculdade de Direito do Recife. Aproximadamente dois anos depois, formado, voltou ao Rio de Janeiro. Mas não atuou como advogado e passou a se dedicar ao jornalismo, além de manter uma vida boêmia.
Em 1888, publicou seu mais famoso romance: O Ateneu, e também escreveu para periódicos como Diário de Minas, A Rua e Jornal do Comércio. Então aconteceu a Proclamação da República, em 1889. E Raul Pompeia foi nomeado professor de Mitologia da Escola de Belas Artes.
Apoiador do presidente Floriano Peixoto (1839-1895), assumiu o cargo de diretor da Biblioteca Nacional em 1894. Contudo, com a morte do ditador, subiu ao poder Prudente de Morais (1841-1902). Assim o escritor perdeu seu cargo e se indispôs com vários intelectuais por questões políticas. Acabou se matando em 25 de dezembro de 1895, no Rio de Janeiro.
Créditos de imagem
[1] Domínio público / Acervo Arquivo Nacional
[2] Moderna (representação)
Famoso poeta brasileiro, fez parte da segunda geração romântica.
O predicado é um termo essencial da oração que faz uma afirmação sobre o sujeito.
Indica uma condição em relação a um verbo, adjetivo ou outro advérbio.
Podem provocar efeitos indesejados na comunicação, entre eles a ambiguidade.
As palavras aportuguesadas são aquelas de origem estrangeira que foram adaptadas às normas ortográficas da língua portuguesa.