Dias Gomes foi um escritor brasileiro, mais conhecido por suas peças de teatro e pelo seu trabalho como autor de textos para a televisão. Nascido em 19 de outubro de 1922, escreveu sua primeira peça de teatro — A comédia dos moralistas — aos 15 anos. O autor trabalhou em rádio e na televisão, mas, devido à sua filiação ao Partido Comunista, seus textos foram rejeitados pela televisão, o que o obrigou a escrever com pseudônimos.
O sucesso surgiu com a peça O pagador de promessas, em 1959, que, adaptada para o cinema, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1962. No entanto, durante a ditadura iniciada em 1964, as obras do autor foram alvo da censura do regime militar. Isso porque elas apresentam crítica social, política e religiosa, além de defenderem a liberdade e oporem-se à opressão. Assim, o autor, que escreveu livros, peças de teatro e textos para a televisão, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 1991, e morreu em 18 de maio de 1999.
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Dias Gomes (Alfredo de Freitas Dias Gomes), escritor brasileiro, nasceu em 19 de outubro de 1922, em Salvador. Em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro. Quando tinha 15 anos, escreveu sua primeira peça de teatro — A comédia dos moralistas —, que venceu o Concurso do Serviço Nacional de Teatro, em 1939. Em 1942, ingressou no teatro profissional, com a peça Pé de cabra.
O autor iniciou o curso de Direito em 1943 e o abandonou três anos depois. Em 1944, começou a trabalhar na rádio Pan-Americana, em São Paulo, produzindo adaptações para o Grande Teatro Pan-Americano. De 1950 a 1956, de volta ao Rio de Janeiro, trabalhou nas rádios Tupi, Tamoio, Clube do Brasil e Nacional. Em 1950, casou-se com a autora de telenovelas Janete Clair (1925-1983). Em 1953, foi demitido da rádio Clube do Brasil por ter viajado à União Soviética.
A partir daí, por ser comunista, enfrentou dificuldades para ter seus textos aceitos pela televisão, o que o obrigou a escrever com pseudônimos até 1956. E só experimentou a fama em 1959, devido à peça O pagador de promessas, que foi encenada em outros países e adaptada para o cinema, filme que recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1962. Porém, devido à ditadura militar de 1964, foi demitido da rádio Nacional e passou a posicionar-se contra a censura.
Durante o regime militar, teve várias peças proibidas. No entanto, continuou atuante. Assim, em 1965, passou a fazer parte do conselho de redação da revista Civilização Brasileira. Já em 1969, foi contratado pela TV Globo, onde produziu muitas telenovelas. Com a abertura política, em 1980, voltou a trabalhar na rádio Nacional. Em 11 de abril de 1991, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. E morreu em 18 de maio de 1999, em São Paulo.
As obras de Dias Gomes apresentam características da literatura contemporânea; portanto, têm um caráter bastante plural, de forma que é possível apontar, de maneira geral, as seguintes características:
Temática sociopolítica
Humor
Tradição popular
Regionalismo
Elementos grotescos
Perspectiva alegórica
Ironia
Personagens típicos
Decadência do herói
Misticismo
Crítica religiosa
Caráter nacional-popular
Diálogo do épico com o popular
Problemática social
Elementos folclóricos
Quebra com a linearidade da narrativa
Personagens caricaturais
Temática do bem contra o mal
Discurso de liberdade contra a opressão
Denúncia social
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Duas sombras apenas — romance (1945)
Um amor e sete pecados — romance (1946)
A dama da noite — romance (1947)
Quando é amanhã — romance (1948)
A tarefa ou Onde estás, Castro Alves? — conto (1967)
Sucupira, ame-a ou deixe-a — romance (1982)
Odorico na cabeça — romance (1983)
Derrocada — romance (1994)
Decadência — romance (1995)
A comédia dos moralistas (1939)
Esperidião (1939)
Ludovico (1940)
Amanhã será outro dia (1941)
Pé de cabra (1942)
João Cambão (1942)
O homem que não era seu (1942)
Sinhazinha (1943)
Zeca Diabo (1943)
Eu acuso o céu (1943)
Um pobre gênio (1943)
Doutor Ninguém (1943)
Beco sem saída (1944)
O existencialismo (1944)
O bom ladrão (1951)
Os cinco fugitivos do Juízo Final (1954)
O pagador de promessas (1959)
A invasão (1960)
A revolução dos beatos (1961)
O bem-amado (1962)
O berço do herói (1963)
O santo inquérito (1966)
O túnel (1968)
Amor em campo minado (1969)
As primícias (1977)
O rei de Ramos (1978)
Campeões do mundo (1979)
Olho no olho (1986)
Meu reino por um cavalo (1988)
A ponte dos suspiros — telenovela (1969)
Verão vermelho — telenovela (1969-1970)
Assim na terra como no céu — telenovela (1970-1971)
Um grito no escuro — especial (1971)
Bandeira 2 — telenovela (1971-1972)
O espigão — telenovela (1974)
Saramandaia — telenovela (1976)
Sinal de alerta — telenovela (1978-1979)
Expresso Brasil — seriado (1987)
O boi santo — especial (1988)
Noivas de Copacabana — minissérie (1993)
O fim do mundo — minissérie (1996)
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Famoso poeta brasileiro, fez parte da segunda geração romântica.
O predicado é um termo essencial da oração que faz uma afirmação sobre o sujeito.
Indica uma condição em relação a um verbo, adjetivo ou outro advérbio.
Podem provocar efeitos indesejados na comunicação, entre eles a ambiguidade.
As palavras aportuguesadas são aquelas de origem estrangeira que foram adaptadas às normas ortográficas da língua portuguesa.