O pronome relativo “quem” exerce uma importante função sintática na oração: a de evitar a repetição de termos expressos anteriormente.
Os pronomes relativos têm como principal função na língua portuguesa relacionar termos da oração, atuando assim como elo de subordinação ao estabelecer ligação com termos expressos anteriormente. Por meio da utilização de pronomes relativos, que geralmente introduzem orações subordinadas adjetivas, evitamos a repetição de palavras, recurso indispensável para a coesão textual.
Para que você evite deslizes gramaticais, o sítio de Português apresenta uma explicação simples sobre o uso do pronome relativo “quem”: saiba quando e como ele deve ser empregado na oração. Boa leitura, bons estudos!
O uso do pronome relativo “quem”
Entre os principais pronomes relativos está o “quem”. Esse pronome refere-se a um termo, que pode ser um substantivo ou pronome, chamado de “termo antecedente”, substituindo-o no início da oração seguinte, que obrigatoriamente estará subordinada à primeira. Veja os exemplos:
Ex. 1: O homem perdeu a esposa. Amava a esposa.
O homem perdeu a esposa, a quem tanto amava.
Ex. 2: Ficou decepcionado com o amigo. Admirava o amigo.
Ficou decepcionado com o amigo, a quem admirava.
Observe que nos dois exemplos as duas orações foram reunidas em um só período composto. O emprego do pronome relativo “quem” foi fundamental para a coesão, evitando assim a repetição das palavras “esposa” e “amigo”. Observe também que ele sempre será precedido de uma preposição – a, com, de, por, etc. –, inclusive quando exercer função de objeto direto. Nessa situação teremos o chamado objeto direto preposicionado. Acompanhe:
O rapaz que conheci ontem está em minha sala.
O pronome “que” funciona como objeito direto. Substituindo pelo “quem”, teremos:
O rapaz a quem conheci ontem está em minha sala.
É importante ressaltar que o pronome relativo só não será precedido de preposição quando exercer função de sujeito da oração. Nessa situação, ele terá o mesmo valor de o que, a que, os que, as que, aquele que, aquela que, aqueles que, aquelas que, ou seja, quando puder ser substituído por pronome demonstrativo mais o pronome relativo “que”. Veja os exemplos:
Foi ela a que me trouxe presentes = Foi ela quem me trouxe presentes. (quem = pronome relativo indefinido)
Foi ele o que me falou sobre você = Foi ele quem me falou sobre você. (quem = pronome relativo indefinido)
É preciso ficar atento ao uso correto do pronome relativo “quem”, já que ele só deve ser empregado quando o antecedente referir-se a uma pessoa. Veja os exemplos:
Este é o colega com quem ela trabalha.
(Este é o colega / com o colega ela trabalha)
Estes são os competidores a quem entregaremos os troféus.
(Estes são os competidores / aos competidores entregaremos os troféus)
Atenção!
1. Evite o emprego da expressão “sem quem” (cacófato), prefira “sem o qual”:
Marcos é meu braço direito, sem o qual não consigo me organizar.
2. O pronome relativo também pode ser usado para coisas personificadas. Essa construção é pouco usual, mas permitida:
Este é Chico, meu cachorro, a quem considero como fiel escudeiro.
3. A vírgula não deve ser empregada entre o “quem” e o segundo verbo que concorda com ele:
Quem viver verá.
(Errado: Quem viver, verá).
Quem avisa amigo é.
(Errado: Quem avisa, amigo é)
Quem trabalha vence.
(Errado: Quem trabalha, vence)
Famoso poeta brasileiro, fez parte da segunda geração romântica.
O predicado é um termo essencial da oração que faz uma afirmação sobre o sujeito.
Indica uma condição em relação a um verbo, adjetivo ou outro advérbio.
Podem provocar efeitos indesejados na comunicação, entre eles a ambiguidade.
As palavras aportuguesadas são aquelas de origem estrangeira que foram adaptadas às normas ortográficas da língua portuguesa.