Os verbos vir, ver e ser são alvos de errôneas situações de aplicabilidade. Por isso é de suma importância conhecer suas particularidades.
Um dos entraves passíveis de acometer grande parte dos usuários é a forma pela qual se emprega determinados verbos. Mesmo porque a referida classe configura-se como sendo bastante complexa, dotada de inúmeras particularidades. Para sermos mais claros, basta lembrarmo-nos dos verbos defectivos, anômalos, irregulares, pronominais, dentre outros.
Atendo-nos à questão da escrita, esta requer que estejamos sempre atentos aos postulados atribuídos pela gramática, face à normatização da língua. Sendo assim, o ideal é sempre buscarmos novos conhecimentos, consultando, sempre que possível, fontes bibliográficas de renome e, sobretudo, o dicionário. Sem falar que o hábito da leitura e a prática da escrita revelam-se como fatores preponderantes rumo a esta conquista que, sem sombra de dúvidas, tende a implicar em tão somente bons resultados.
Dentre este “suporte bibliográfico”, podemos contar sempre com algumas dicas que nos subsidiam mediante estes entraves. E por assim dizer, o presente artigo tem por finalidade destacar o uso dos verbos “vir” e “ver” e “ser”, partindo-se do pressuposto de que os dois primeiros são alvos de errôneas situações de aplicabilidade. Desta feita, atentemo-nos a alguns pressupostos:
Ambos confundem-se quando conjugados no futuro do subjuntivo, haja vista que um assume a forma do outro. Fato semelhante também ocorre com seus respectivos derivados, representados por: antever, rever, prever, advir, convir, intervir, sobrevir, entre outros. Assim sendo, verifiquemos o modo como são conjugados:
A partir de agora, possivelmente, nos sentiremos incomodados ao nos depararmos com enunciados semelhantes a:
Quando eu ver você agindo assim, tenha certeza que não aprovarei sua atitude. (vir)
Os vigilantes interviram no momento da invasão. (intervieram)
Enfatizaremos, pois, o verbo “ser”, tendo em vista as muitas circunstâncias em que este se faz presente, levando-se em conta as reais possibilidades de concordância entre o sujeito oracional. Vejamo-las:
a) Em casos relativos ao predicativo do sujeito, ele deixa de concordar com o sujeito e se adequa à sua qualidade (predicativo).
Exemplos:
Tudo são flores. (constatamos que houve tal flexão)
“O resto é silêncio” (idem à prerrogativa anterior)
b) Circunstâncias envolvendo dois pronomes pessoais, a concordância se faz com o primeiro.
Exemplo:
Nós não somos vocês, queremos uma solução imediata.
c) Quando o sujeito for expresso por medida ou quantidade e o predicativo for representado por “muito”, “pouco” e “demais”, a concordância se faz com o predicativo.
Exemplo:
Dois quilos é muito/ Vinte anos é demais.
d) No caso de o sujeito indicar data, tempo e distância, o verbo concordará com o predicativo. Caso houver mais de um número, este concordará com o elemento mais próximo.
Exemplos:
É primeiro de março.
São dois quilômetros.
Famoso poeta brasileiro, fez parte da segunda geração romântica.
O predicado é um termo essencial da oração que faz uma afirmação sobre o sujeito.
Indica uma condição em relação a um verbo, adjetivo ou outro advérbio.
Podem provocar efeitos indesejados na comunicação, entre eles a ambiguidade.
As palavras aportuguesadas são aquelas de origem estrangeira que foram adaptadas às normas ortográficas da língua portuguesa.