A língua culta e a coloquial compõem o mesmo sistema, mas com características particulares. Conhecer isso é extremamente importante no momento da adequação linguística.
A linguagem é a capacidade que o homem possui de interagir com o seu semelhante por meio da palavra, oral ou escrita, gestos, expressões fisionômicas, imagens, notas musicais etc. O uso da linguagem sempre objetivará a produção de sentido, ou seja, o entendimento entre os interlocutores (parceiros no processo comunicativo). Para isso, o processo de adequação linguística é fundamental.
A linguagem não pode ser utilizada sempre da mesma forma, já que o contexto, os interlocutores e o objetivo da mensagem são alguns dos fatores que influenciam a forma como ela deverá ser usada. Ela também não deve ser classificada como certa ou errada, mas como adequada ou inadequada.
No processo de adequação da linguagem, além dos fatores já mencionados, diferenciar e caracterizar a língua culta e coloquial é imprescindível, pois a confusão entre elas causa prejuízos tanto para a produção textual quanto para a comunicação de forma geral. Acompanhe as características da língua coloquial e culta:
Língua coloquial:
- Variante espontânea;
- Utilizada em relações informais;
- Sem preocupações com as regras da gramática normativa;
- Presença de coloquialismos (expressões próprias da fala), tais como: pega leve, se toca, tá rolando etc.
- Uso de gírias;
- Uso de formas reduzidas ou contraídas (pra, cê, peraí, etc.)
- Uso de “a gente” no lugar de nós;
- Uso frequente de palavras para articular ideias (tipo assim, ai, então, etc.);
Língua culta:
- Usada em situações formais e em documentos oficiais;
- Maior preocupação com a pronúncia das palavras;
- Uso da norma culta;
- Ausência do uso de gírias;
- Variante prestigiada.
A língua coloquial, por ser descontraída, relaciona-se com a fala (língua oral), enquanto a culta, com a escrita.