Tarsila do Amaral

Por Warley Souza

Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886, em Capivari, e faleceu em 17 de janeiro de 1973, na cidade de São Paulo. Filha de um fazendeiro, estudou na Europa, casou-se duas vezes (o segundo casamento foi com o escritor Oswald de Andrade), e teve um longo relacionamento com um homem 20 anos mais novo do que ela.

Seu trabalho como pintora é dividido em quatro períodos:

  • a fase pau-brasil, de caráter nacionalista e influência cubista, vai de 1924 a 1928;

  • a fase antropofágica, de 1928 a 1930, apresenta influência surrealista;

  • a fase social compreende a década de 1930;

  • por fim, na década de 1950, durante a fase neopau-brasil, ocorre a retomada dos temas nacionais.

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Biografia de Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral foi um dos grandes nomes do modernismo brasileiro nas artes plásticas.

Tarsila do Amaral nasceu em de setembro de 1886, em Capivari, no estado de São Paulo. Era filha de um fazendeiro, e, em 1904, mudou-se para Barcelona, na Espanha, onde estudou no colégio Sacré-couer de Jésus. Nesse mesmo ano, pintou sua primeira tela — Sagrado coração de Jesus.

De volta ao Brasil, em 1906, ela se casou com André Teixeira Pinto. Anos depois, em 1913, separou-se do marido e decidiu se dedicar ao estudo das artes. Assim, em 1920, estudou na Academia Julian, em Paris. Dois anos depois, em 1922, Tarsila se filiou ao modernismo e se tornou namorada do escritor Oswald de Andrade.

Em dezembro de 1922, a pintora voltou para a Europa, em companhia de Oswald. No ano seguinte, eles estiveram em Portugal, Espanha e Itália. No final de 1923, ela regressou ao Brasil. É desse ano o seu quadro A negra, uma de suas primeiras obras modernistas. Três anos depois, a artista fez sua primeira exposição individual em Paris.

Em 1926, Tarsila se casou com Oswald de Andrade. O casamento durou apenas quatro anos. Assim, em 1930, ela se separou. Nesse mesmo ano, ela dirigiu a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Dois anos depois, quando namorava o psiquiatra e comunista Osório Cesar (1895-1979), ficou presa durante um mês por participar de reuniões do Partido Comunista.

Já em 1933, iniciou um relacionamento amoroso com o escritor Luís Martins (1907-1981), um homem cerca de 20 anos mais jovem que ela. Em seguida, de 1936 até a década de 1950, trabalhou como colunista nos Diários Associados. Morreu em 17 de janeiro de 1973, na cidade de São Paulo.

Veja também: Mário de Andrade – um dos principais nomes da primeira fase modernista

Tarsila e o modernismo

Os movimentos de vanguarda ocorridos na Europa — Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo, Futurismo e Surrealismo — foram a grande inspiração para os artistas modernistas brasileiros. Sob essa forte influência, o evento que inaugurou o modernismo no Brasil aconteceu na cidade de São Paulo, em 1922.

A Semana de Arte Moderna trouxe para as artes brasileiras um caráter subversivo, pois a nova arte buscava romper com os modelos tradicionais. Portanto, o modernismo foi um movimento artístico que se baseava no antiacademicismo. Além disso, a arte modernista encontrava sua originalidade na representação dos elementos nacionais.

Tarsila do Amaral não esteve presente na Semana de Arte Moderna de 1922. No entanto, sua filiação ao modernismo ocorreu logo em seguida. Antes, porém, a pintora teve uma formação tradicional, isto é, acadêmica: estudou desenho e pintura com o naturalista Pedro Alexandrino (1856-1942), e, depois, na Academia Julian, em Paris.

Ao retornar ao Brasil, em junho de 1922, a artista se filiou ao modernismo. Assim, no final do ano, ela voltou a morar em Paris e estudou com o cubista Fernand Léger (1881-1955), além de conhecer outros vanguardistas. Portanto, de 1904 a 1922, Tarsila obteve uma formação artística tradicional, e, depois, fez sua transição para o modernismo.

Desse modo, a pintura modernista de Tarsila do Amaral pode ser dividida em quatro períodos:

Fase pau-brasil (1924-1928)

  • Tons fortes

  • Cores nacionais

  • Imagens rurais e urbanas

  • Influência cubista

  • Principais obras:

  • Morro da favela

  • Carnaval em Madureira

  • O mamoeiro

Fase antropofágica (1928-1930)

  • Tons fortes

  • Elementos oníricos

  • Influência surrealista

  • Principal obra:

  • Abaporu

Capa do livro “Mari Miró e o Abaporu”, de Vivian Caroline Lopes, publicado pela editora Ciranda Cultural. [1]

Fase social (década de 1930)

  • Temática social

  • Principais obras:

  • Operários

  • Costureiras

  • Orfanato

Fase neopau-brasil (década de 1950)

  • Temas nacionais

  • Principais obras:

  • Batizado de Macunaíma

  • Povoação I

  • Porto I

Obras

As principais obras de Tarsila do Amaral são:

  • Retrato de Oswald de Andrade (1922)

  • As margaridas de Mário de Andrade (1922)

  • Retrato de Mário de Andrade (1922)

  • O autorretrato (1923)

  • A negra (1923)

  • Caipirinha (1923)

  • São Paulo (1924)

  • Morro da favela (1924)

  • Carnaval em Madureira (1924)

  • O mamoeiro (1925)

  • Urutu (1928)

  • Abaporu (1928)

  • A Lua (1928)

  • Antropofagia (1929)

  • Floresta (1929)

  • Operários (1933)

  • Orfanato (1935-1949)

  • Costureiras (1936-1950)

  • Bandeira do divino (1939-1968)

  • Povoação I (1952)

  • Porto I (1953)

  • Batizado de Macunaíma (1956)

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Resumo sobre Tarsila do Amaral

A capa do livro “Tarsila”, de Maria Adelaide Amaral, publicado pela editora Globo, reproduz o autorretrato da pintora, feito em 1923.[2]
  • Biografia:

  • Data de nascimento: 1º de setembro de 1886

  • Local de nascimento: Capivari, no estado de São Paulo

  • Primeira obra: Sagrado coração de Jesus

  • Primeiro casamento: André Teixeira Pinto

  • Segundo casamento: Oswald de Andrade

  • Primeira exposição individual em Paris: 1926

  • Diretora da Pinacoteca do Estado de São Paulo: 1930

  • Colunista nos Diários Associados: de 1936 até a década de 1950

  • Data da morte: 17 de janeiro de 1973

  • Local do falecimento: cidade de São Paulo

  • Tarsila e o modernismo:

  • Fase pau-brasil (1924-1928)

  • Fase antropofágica (1928-1930)

  • Fase social (década de 1930)

  • Fase neopau-brasil (década de 1950)

Créditos das imagens

[1] Editora Ciranda Cultural (reprodução)

[2] Editora Globo (reprodução)

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