Não adentraremos no assunto que ora se evidencia sem antes focalizarmos sobre os aspectos que demarcam a oralidade e a escrita, uma vez que tal procedimento nos condicionará a uma efetiva compreensão mediante os objetivos propostos.
Assim sendo, há que se mencionar que a oralidade permite que o emissor usufrua de determinados recursos, como gestos, expressões faciais, retomadas de pensamento, interrupções, dentre tantos outros. Recursos estes não condizentes com a linguagem escrita, visto que nesta modalidade tais intenções são retratadas pelos chamados sinais de pontuação, estando intrinsecamente ligados ao objetivo pretendido pelo emissor ao proferir sua mensagem. De modo a estabelecermos essa distinção, analisemos:
- Pensemos em alguém que se mostra visivelmente surpreso (a) mediante a chegada de uma determinada pessoa. Essa adjetivação (surpreso) poderia estar relacionada a distintos sentimentos – decepção, alegria, espanto, temor, etc.
Poderíamos perfeitamente mentalizar acerca das expressões corporais em relação ao emissor, algo que na escrita seria caracterizado por:
? - ! - ... - . |
De forma específica, os sinais de pontuação fazem toda a diferença quando se trata dos diferentes tipos de frases, levando em consideração o contexto em que se encontram inseridas e a finalidade discursiva. Eis que, de acordo com o sentido que se deseja transmitir, as frases podem assim se classificar:
Frases declarativas – Informam ou declaram acerca de um determinado assunto, podendo ser afirmativas ou negativas.
Exemplos:
Iremos ao baile de formatura.
A conferência não tem horário definido para terminar.
Frases interrogativas – Utilizadas quando se pretende obter alguma informação sobre algo, sendo que tal questionamento pode se dar tanto de forma direta quanto indireta.
Exemplos:
Você participará dos jogos olímpicos? (forma direta)
Gostaria de saber aonde você vai. (indireta)
Frases imperativas – Sua utilização pauta-se pelo objetivo pretendido pelo emissor em influenciar diretamente sobre o comportamento do interlocutor, ou seja, quando se quer dar uma ordem ou fazer um pedido. Essas podem ser afirmativas ou negativas.
Exemplos:
Abra-se comigo, pois percebo que precisa desabafar.
Não ajas assim, pode ser perigoso.
Frases exclamativas – Relacionam-se à exteriorização dos sentimentos atribuídos pelo emissor, podendo ser expressos sob várias circunstâncias.
Exemplos:
Nossa! Que bom que você veio.
Ah não! Olha quem está ali, a festa acabou para mim.
Frases optativas – Exprimem desejos.
Exemplo:
Vá em paz!
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