Retomemos o conceito relativo à classe gramatical ora em questão:
Pronome é o termo que substitui ou acompanha o substantivo, relacionando-o às três pessoas do discurso – tanto no singular (eu, tu, ele/ela), quanto no plural (nós, vós, eles/elas).
Conceito efetivamente firmado, entre as particularidades que norteiam tal classe há uma de singular importância – por sua vez alvo de nossa discussão, isto é, o fato de os pronomes tanto se conceberem como substantivos quanto adjetivos. Mas qual será o fator determinante que os diferencia? Para que possamos resolver tal embate, analisemos o enunciado que se evidencia:
Meu amigo é de inteira confiança.
Quando analisado, o pronome “meu” se classifica como possessivo. Digamos que tal constatação esteja parcialmente correta, pois resta-nos saber se ele é também adjetivo ou substantivo.
Atendo-nos a uma análise mais criteriosa, percebemos que ele não substitui nenhuma palavra, apenas acompanha o substantivo “amigo”. Dessa forma, podemos dizer que ele, além de acompanhar o substantivo, ainda lhe confere uma determinada particularidade: “meu” (relativo a uma pessoa específica). Neste caso, ele classifica-se como pronome possessivo adjetivo.
Vejamos este outro caso:
Meu amigo é de inteira confiança, mas o seu não é confiável.
Percebemos agora que o pronome possessivo “seu” substitui o substantivo “amigo”, para evitar que este fosse repetido. Temos então um pronome possessivo substantivo, pelo fato da já citada substituição.
Eis as diferenças que os demarcam!!!!