Trilhando pelo universo dos verbos, muitas vezes nos deparamos com algumas trajetórias sinuosas, outras nem tanto. Outras vezes optamos por “desvios” nem sempre recomendados, os quais somente dificultam nossa compreensão acerca dos traços que demarcam esta vasta, importante e utilíssima classe gramatical.
A título de ilustrarmos tal afirmativa, podemos mencionar as vezes em que optamos pela famosa “decoreba”, como se fosse uma fórmula pronta e acabada, sobretudo em se tratando dos tempos e modos. Na verdade, tal procedimento não cabe à situação, haja vista a necessidade de compreendê-los na sua essência – tamanha é sua importância e recorrência em todas as circunstâncias comunicativas do dia a dia.
Assim, com base nesse pressuposto, valemo-nos dos pressupostos que demarcam o pretérito perfeito e imperfeito, no sentido de compreendermos e fazermos valer essa verdade. Atentemo-nos a alguns detalhes:
* O pretérito perfeito representa um processo verbal que exprime um fato passado não habitual; ao contrário do imperfeito, que exprime o fato habitual, rotineiro. Vejamos, pois, os exemplos em questão:
Todas as vezes em que a via, parabenizava-a. ═ pretérito imperfeito
Todas as vezes em que a vi, parabenizei-a. ═ pretérito perfeito
* O pretérito perfeito, diferentemente do imperfeito, indica a ação momentânea, determinada no tempo. Já o imperfeito exprime a ação durativa, não limitada no tempo. Para que possamos estabelecer as diferenças, comparemos ambos os exemplos, os quais seguem expressos:
Em casa estudava a lição que seus professores a ensinavam e fazia exercícios constantemente, a fim de treinar os conhecimentos adquiridos. ═ pretérito imperfeito
Em casa estudou a lição que seus professores a ensinaram e fez exercícios constantemente, a fim de treinar os conhecimentos adquiridos. ═ pretérito perfeito