Atendo-nos ao termo “grau”, este nos remete à ideia de flexão. Contudo, resta-nos uma dúvida: por que tal recorrência, se temos conhecimento de que a principal característica da classe em questão (advérbios) é a de exatamente não serem passíveis deste aspecto?
Voltemos então àquela corriqueira expressão, a qual se revela por dizer que “toda regra tem lá suas exceções”, lembra-se? Pois bem, semelhantemente aos adjetivos, os advérbios apresentam esta mobilidade, em se tratando do grau, apenas. Diante desta prerrogativa, constatemos tal ocorrência, levando-se em consideração seus pontos determinantes:
Grau comparativo
* De igualdade – Pedro é tão educado quanto seu irmão.
* De inferioridade – Pedro é menos educado que seu irmão.
* De superioridade – Pedro é mais educado que seu irmão.
Grau superlativo
* Absoluto analítico – Pedro é muito educado.
* Absoluto sintético – Pedro é educadíssimo.
Notas passíveis de atenção:
a) Mediante a linguagem coloquial, determinados advérbios, uma vez expressos no diminutivo, tendem a denotar afetividade ou intensidade.
Exemplos:
Ele fala mansinho, mansinho.
Queremos ficar sempre juntinhos, juntinhos.
b) Em se tratando da linguagem formal, ao invés de empregarmos as expressões “mais bem” e “mais mal”, devemos optar pelas formas representadas por “melhor” e “pior”.
Ex: Você redige melhor do que sua colega.
c) O advérbio, quando repetido, representa valor aproximado de superlativo.
Ex: Gritamos muito, muito, para que assim todos pudessem nos ouvir.
d) Emprega-se as formas analíticas “mais bem” e “mais mal”, em detrimento às formas “melhor” e “pior”, quando estas modificarem particípios.
Ex: Certamente sua pesquisa foi mais bem elaborada do que as outras.
e) O emprego do adjetivo com valor de advérbio, em determinadas circunstâncias, revela-se como recorrente.
Ex: As evidências estão muito claras.
Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto: