No intuito de melhor compreendermos sobre os aspectos norteadores das expressões ora evidentes, ater-nos-emos a dois termos que literalmente nos revelam indícios extremamente pertinentes ao fato em questão – pressupostos semânticos.
Isto nos leva a crer que as circunstâncias relacionadas ao emprego dos referidos termos estão de fato submetidas ao sentido expresso por eles. Constatação efetivamente plausível, pois são inúmeras as ocorrências linguísticas cuja característica marcante se deve a este pressuposto. Desta forma, analisemos os presentes enunciados, os quais nos subsidiarão rumo aos propósitos firmados. Observe:
Ambos, quando analisados sob a ótica dos compêndios gramaticais, se apresentam de forma correta? A resposta para tal questionamento é negativa, mas vejamos por que:
O termo “pedir para” é usado quando o sentido, estando explícito ou subentendido, retratar “licença, permissão, autorização”. Assim sendo, somente o primeiro exemplo está correto, haja vista que ele atende a este requisito:
Os alunos pediram (licença, permissão) para sair mais cedo, pois precisavam estudar para o simulado.
Já o termo “pedir que” não prescinde da palavra “para”, uma vez que não revela a mesma noção de significância. Portanto, o segundo exemplo está incorreto, pois dispensa o uso desta, cuja reformulação se evidenciaria por:
O gerente pediu que todos os funcionários comparecessem à reunião, realizada em caráter de urgência.
É bem possível que mediante tais postulados não tenhamos mais nenhuma dúvida em relação a este caso, estando aptos a colocar em prática todo nosso conhecimento ao nos tornarmos familiarizados com suas principais características.