Em meio a tantas idas e vindas as quais se atribuem ao dinamismo que norteia esta entidade social denominada língua, identificamos distintas demarcações... palavras que, como num passe de mágica, acabam se incorporando ao léxico, supressão e acréscimo no que tange às estruturas de alguns vocábulos e, sobretudo, aqueles que insistem em permanecer, como que de forma cristalizada, integram o cotidiano linguístico de tantos usuários.
Como exemplificá-los todos de maneira particular não seria assim tão viável, o artigo que ora se evidencia tem por finalidade enfatizar um caso representativo, permeando pelas “entranhas” da linguagem informativa, relacionado ao verbo “sofrer”. Para tanto, basear-nos-emos nos enunciados subsequentes:
O sinal de pontuação indica tão somente que não apenas estas, como tantas outras circunstâncias comunicativas, perfazem-se dessa mesma ocorrência, sendo que o que acontece na verdade é o caráter que se atribuiu ao verbo em questão, ou seja, o de vicário, cujo sentido se relaciona ao ato de “fazer as vezes de”, “substituir algo”. Pressuposto este que, indiscutivelmente, remete-nos à ideia de uma efetiva reformulação no que se refere ao discurso apresentado. Desse modo, seguimos rumo a tal intento:
Em virtude das consequências oriundas do descaso político, populações carentes são afetadas.
Salário mínimo será reajustado a partir do próximo ano.
O preço dos alimentos de primeira necessidade será reajustado.
Desse modo, com base em tais postulados, repensemos nossos posicionamentos, de forma a evitar o “sofrimento” de algumas expressões, ajustando-as de forma conveniente à finalidade discursiva proposta mediante a interlocução.